De repente o ano já tá acabando. E você só percebeu agora. "Caramba, os presentes!", lembra-se, malfadada. "Odeio shopping center", é pensamento que se sucede. São Paulo tá quente, mas tá escura, ninguém sabe por quê. Os meteorologistas sabem, mas a explicação deles não queremos.
Essa percepção tardia do fim do ano traz sempre a nostalgia também tardia. Porque as luzinhas de Natal já estão piscando há algum tempo. Mas eu só percebia quando enfrentava um trânsito do cacete na Avenida Paulista por causa das pessoas que param pra ver (!). E já acabou o curso de espanhol, tem bares e lojas que já não abrem, a Câmara tá em recesso (embora eu siga aqui). E eu só percebi o fim do ano agora.
Domingo, o elevador do prédio quebrou de novo. Maldito ano que não acaba. Sabe quando você vê, mas não sente? Eu não tenho espírito natalino... mas agora é que tá desabando o fim do ano na minha cabeça. Ele sempre traz nostalgias. Este ano traz um alívio especial junto - "vai logo". E dá uma peninha, no fundo, de não ter sentido esta sensação de fim de ano por mais tempo.
Olha, eu, assim como Drummond, não deveria lhes dizer. Mas esta lua e este conhaque botam a gente comovida como o diabo...
Um comentário:
Olá Alessandra. Um de seus posts foi citado no artigo Contra o Aborto Ilegal ou Contra as Mulheres?" no Global Voices em Português. Contamos com a sua participação na eventual discussão que se seguir ao artigo.
Abraços do Verde.
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