Já que aqui tanto se falou sobre machismo e violência, fica a sugestão de engrossarmos o ato das mulheres por uma vida livre de violência contra as mulheres. A foto abaixo é da manifestação de 8 de março de 2007, em São Paulo. Retirada da página da SOF (Sempreviva Organização Feminista): www.sof.org.br.
Dia 25 de novembro, às 15h
Na Praça do Patriarca, São Paulo/SP
Muitas são as histórias de mulheres que são agredidas, violentadas e mortas por homens, que, na maioria das vezes, são seus maridos, namorados ou ex-maridos e ex-namorados. A imprensa fala dessas histórias como se fossem “loucuras de amor” ou “surtos” motivados pelo fim de um romance. Mas não são. Isso é violência contra a mulher, é crime, e é mais comum do que imaginamos.
Essa violência que as mulheres sofrem é decorrência do machismo, da tentativa permanente dos homens de terem controle sobre elas – pensamentos, vontades, sexualidade e daí por diante – e de eles não aceitarem que elas tenham sua própria vida autonomamente, que digam “não” para eles. A principal forma de exercer esse controle é através da violência, psicológica ou física, o que leva, em diversos casos, à morte.
O caso Eloá e a influência da mídia
Foi isso que vimos recentemente, no assassinato da jovem Eloá Pimentel por seu ex-namorado. E enquanto isso, a polícia não é preparada para lidar com situações como essa; o governador Serra continua sem assinar o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher; e a mídia segue espetacularizando a morte dessas mulheres, tratando tudo como se fosse um trágico final de novela. Aliás, cada vez mais, percebemos que os meios de comunicação reproduzem o machismo que motiva a violência cotidianamente, através de esteriótipos, de piadas preconceituosas e exposição de mulheres como se fossem produtos.
E em São Paulo, como estamos?
Na cidade de São Paulo, o Prefeito Gilberto Kassab está desmontando a Coordenadoria da Mulher, organismo de governo voltado às políticas para as mulheres. Não há política de atendimento às mulheres em situação de violência e nenhuma política de prevenção à violência. A Lei Maria da Penha é desrespeitada muitas vezes e, hoje em dia, nenhuma Delegacia da Mulher fica aberta após as 18h na nossa cidade – como se a violência acontecesse somente no horário comercial.
Vamos à luta!É por isso a Marcha Mundial das Mulheres e as mulheres da CUT irão para a rua dia 25 de novembro, Dia da Não Violência contra a Mulher: para denunciar os tantos casos que acontecem todos os dias, as mortes de mulheres, o descaso dos governos, a banalização, o tratamento dado pela mídia e a impunidade dos homens – que contam com essa impunidade quando cometem atos de violência, mesmo os mais brutais, como aconteceu com Eloá.
3 comentários:
Oi, linda!
Parabéns! Vida longa..
beijocas
Julian
Parabéns pela iniciativa, mulher!
Muito bom fortalecermos esses canais de comunicação.
Parabéns pelo seu Blog, companheira, além de politicamente correto tem um visual legal. A gente se encontra na Coordenação da DS. Beijos. Demetrius.
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