Uma hora, ela perdeu a noção da realidade.
Tantas outras inventou para fugir da sua!
Inventou caminhos com curvas abertas e fechadas,
Serras, morros, ferrovias e rodovias.
Agora, ela não sabia mais voltar...
E se perdeu, então.
Já eram muitos os caminhos
Já não sabia qual era o real
Procurou, sem achar, coelhos, gatos, chapeleiros.
Não achou livros.
E pensou que talvez não houvesse apenas um caminho real.
Mas pensou que o ponto de partida, esse sim, ela perdera.
E dentre os caminhos que ela abriu
Nenhum levava de volta.
Nenhum.
Olhava, girava, procurava, se agitava.
Nenhum.
Qual?
Até que lhe veio a questão à mente...
Por que mesmo eu quero voltar?
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