segunda-feira, 23 de março de 2009

Jornalistas: sindicato é pra lutar!

ELEIÇÕES 24 a 26 de MARÇO
Conheça mais: www.sindicatopralutar.com.br


O Movimento Sindicato é Pra Lutar! foi criado em abril de 2002, reunindo profissionais que, inconformados com os rumos tomados pelo Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, decidiram organizar-se com a finalidade de levar a categoria a refletir sobre a difícil situação da entidade, e a agir para superar a crise.

Sabíamos que qualquer mudança real no Sindicato dependeria de uma nova atitude dos colegas. Pois o Sindicato só retomará uma posição mais combativa em defesa dos interesses e direitos dos jornalistas, só cumprirá seu papel, quando for reconquistado por aqueles que trabalham nas redações de jornais e revistas, nas emissoras de televisão e rádio, portais da Internet, assessorias de imprensa.

Vários dos que se engajaram na iniciativa haviam participado, nas eleições de março de 2000, da Chapa 2-Sindicato Vivo, que só foi derrotada porque a Chapa 1, da Diretoria, praticou todo tipo de manobra antidemocrática: preencheu sozinha todas as vagas da comissão eleitoral, nomeou todos os mesários, ofereceu vacinação gratuita aos sócios nas datas da eleição (e no recinto de votação) e ainda lançou um plano de saúde eleitoreiro (o PSS) — que garantiu a vitória do grupo situacionista, mas quebrou financeiramente a entidade.

Em março de 2003 o Sindicato passou por um novo processo eleitoral. Mas, desta vez, o grupo que controla a entidade não quis correr nenhum risco. A Chapa 2, apresentada por nós, não conseguiu sequer inscrever-se, embora contasse com nada menos do que 54 jornalistas de dez cidades diferentes. Foi impugnada sob o pretexto de que não apresentara candidatos para a diretoria regional de Piracicaba — que, à época, simplesmente não existia como tal, pois não possuia sede, endereço, telefones ou mesmo filiados em número suficiente para formar chapas.

Nem por isso nosso coletivo desistiu. Pelo contrário, continuou a participar de todas as atividades importantes para o Sindicato e para a categoria. Logo após as eleições, o fatídico plano de saúde encerrou de modo drástico as suas atividades, tal como havíamos previsto, deixando uma dívida imensa para a entidade e prejuízos para centenas de usuários.

Nossa atuação nas assembléias orçamentárias, que discutem a aplicação dos recursos financeiros do Sindicato, tem-se pautado pela apresentação de propostas alternativas, que contemplam a necessidade de modificar o sistema de financiamento da entidade (abolindo as taxas compulsórias e implantando a mensalidade proporcional aos salários) e — ao mesmo tempo — procuram reorientar a aplicação dos recursos. Estamos exigindo que a Diretoria cumpra o dispositivo do Estatuto do Sindicato que resguarda os interesses da categoria em dotações específicas (rubricas) para as atividades de campanha salarial e negociação coletiva, campanha de sindicalização e outras.

Temos participado também de todas as campanhas salariais, desde as assembléias que definem a pauta e o planejamento até, na condição de membros eleitos das comissões de mobilização e negociação, a própria execução das atividades. Desta forma, estamos contribuindo, em alguma medida, com a luta que a categoria vem travando, a cada data-base, para manter o poder de compra de seus salários, diante da voracidade dos patrões. Infelizmente, a Diretoria prima por descumprir a linha das campanhas salariais e as ações definidas em assembléia.

Vamos continuar brigando, guiados pelos princípios históricos da Central Única dos Trabalhadores, tais como a independência frente aos patrões e frente aos governos, a necessidade de organização no local de trabalho, a defesa intransigente dos interesses dos trabalhadores contra a exploração praticada pelos empregadores — exploração que, no setor de comunicação, assumiu proporções de um verdadeiro massacre.

Queremos participar das próximas eleições, que ocorrerão em março de 2006, para que os jornalistas tenham o direito de escolher uma alternativa ao grupo que está à frente do Sindicato há 15 anos e que, nesse período, conseguiu produzir desfiliações em massa e o maior desastre financeiro da história da entidade.

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Por luta, entenda-se: resistir às arbitrariedades e imposições dos patrões, assumir a liderança dos protestos, informar amplamente a categoria, convocá-la, representá-la como porta-voz de suas reivindicações legítimas. Em resumo: enfrentar o arrocho salarial, as jornadas excessivas, as péssimas condições de trabalho, as demissões, o desemprego.

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