quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Uma das atrações de Jeri




Jericoacoara, reconhecidamente, é um dos lugares mais bonitos do Brasil e até do mundo. Uma aparentemente despretensiosa ex-vila de pescadores que se tornou uma pérola do oceano, à qual poucos têm acesso. Mar verde, céu azul, pôr do sol que envermelhece o céu, dunas e mais dunas, pedras furadas ou não.

Mas pra mim, o que mais me intrigou em Jeri foi exatamente uma coisa que eu não vi.

Indo para Tatajuba, onde há uma linda lagoa em meio a dunas, estávamos entre amigos a bordo de uma caminhonete, quando desceu o homem que nos levava – eu sem entender. Ele voltou dizendo que “a mulher estava ocupada”. Só aí eu entendi que se tratava de uma mulher de mais de 50 anos que conta a história de uma vila de pescadores que foi soterrada por uma duna no início da década de 1980.

Achei bonito isso de uma das atrações turísticas ser uma mulher que conta uma parte da história daquelas pessoas. Queria tê-la ouvido falar. Fiquei imaginando qual seria a cara dela, e o sotaque com que ela falaria. Imaginei até os exageros charmosos que dão brilho aos causos de pescadores que poderia haver...

A quem não viu, recomendo fortemente o filme “Narradores de Javé”, de Eliane Caffé.

Feliz 2009!

***
De volta à realidade, depois de 15 dias de tentativa incessante de abstração dela.
Pra abrir 2009 com leveza.

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