A Folha de S. Paulo segue em sua cruzada pela desqualificação do Fórum Social Mundial... tsc tsc. Que burrice. Tem 100 mil pessoas lá. O mundo está olhando pra lá. Não adianta dizer que não é importante.
Na edição de hoje, uma foto de capa mostra os presidentes Hugo Chávez (Venezuela) e Rafael Correa (Equador) cantando ao lado de Aleida Guevara. A legenda classifica como "karaokê". A capa também chama para um artigo dispensável do dispensável Fernando Gabeira, que costuma não entender nada do que está acontecendo, e quando entende, costuma ficar do lado errado.
O jornal também deu destaque desproporcional à ausência de Lula ao encontro promovido pelo MST, e quase nada falou sobre o encontro dos presidentes na presença de mais de 10 mil pessoas. O leitor ou leitora da Folha não pôde ter acesso ao conteúdo do que foi dito nessa atividade, porque o jornal preferiu classificá-la como "um show seguido de discursos".
Mas ainda bem que meu amigo Eduardo Tadeu lá estava, e escreveu um pouco sobre o que se sentia diante de um evento dessa dimensão.
O recado do povo aos governantes
A reunião dos presidentes de Brasil, Venezuela, Paraguai, Bolívia e Equador, em atividade do Fórum Social Mundial, por si só, já seria um grande evento. Mas, por incrível que pareça, a foto, histórica, de Lula, Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa e Fernando Lugo, em evento com mais de 10 mil pessoas de todo o mundo, não mereceu a capa de nenhum jornal de grande circulação no país.
No entanto, a energia dessas milhares de pessoas, com certeza, contagiou os cinco presidentes latino-americanos. Com vontade de mudar o mundo, os presentes à atividade colocaram-se à disposição da luta, acreditando que, como disse o presidente Evo Morales, esse mundo diferente já está sendo construído no FSM.
Tenho defendido que, para mudar o mundo, precisamos de uma boa teoria, com o diagnóstico da situação estrutural e conjuntural deste momento de crise do neoliberalismo, de derrocada das orientações dos órgãos do capital financeiro que, como disse o presidente Lula, davam notas aos países pobres e faliram.
Mas precisamos também de uma nova cultura, uma nova ideologia, baseada em valores como a solidariedade, o respeito à natureza, a justiça, entre outros. Essa nova cultura, como qualquer cultura, qualquer ideologia, não se aprende nos livros, não se aprende em aulas teóricas, mas na luta. Aprende-se na convivência. Aplica-se na vida e não nos textos.
O sentimento de pertencimento a um conjunto mais amplo de pessoas – aqueles e aquelas que querem um outro mundo melhor para todos e todas e que acreditam que esse mundo é possível e, como enfatizado pelos presidentes latino-americanos, necessário – é uma força que cria, ou mantém, a chama libertária, sem a qual não há transformação social. O Fórum Social Mundial é, portanto, portador da energia necessária à transformação social. Da construção de uma nova cultura.
Os presidentes, que foram ao FSM falar, também ouviram. Não apenas daqueles e daquelas a quem foi dada a oportunidade de se manifestar no microfone. Mas a força daquelas milhares de pessoas transmitiam aos presidentes uma clara mensagem: estamos aqui com força e disposição para mudar o mundo, acreditamos que um outro mundo é possível, lutamos por ele porque é necessário.
Presidentes, sigam no rumo da construção de outro mundo, alternativo ao capitalismo. Nós estamos aqui para lutar por esse mundo.
A reunião dos presidentes de Brasil, Venezuela, Paraguai, Bolívia e Equador, em atividade do Fórum Social Mundial, por si só, já seria um grande evento. Mas, por incrível que pareça, a foto, histórica, de Lula, Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa e Fernando Lugo, em evento com mais de 10 mil pessoas de todo o mundo, não mereceu a capa de nenhum jornal de grande circulação no país.
No entanto, a energia dessas milhares de pessoas, com certeza, contagiou os cinco presidentes latino-americanos. Com vontade de mudar o mundo, os presentes à atividade colocaram-se à disposição da luta, acreditando que, como disse o presidente Evo Morales, esse mundo diferente já está sendo construído no FSM.
Tenho defendido que, para mudar o mundo, precisamos de uma boa teoria, com o diagnóstico da situação estrutural e conjuntural deste momento de crise do neoliberalismo, de derrocada das orientações dos órgãos do capital financeiro que, como disse o presidente Lula, davam notas aos países pobres e faliram.
Mas precisamos também de uma nova cultura, uma nova ideologia, baseada em valores como a solidariedade, o respeito à natureza, a justiça, entre outros. Essa nova cultura, como qualquer cultura, qualquer ideologia, não se aprende nos livros, não se aprende em aulas teóricas, mas na luta. Aprende-se na convivência. Aplica-se na vida e não nos textos.
O sentimento de pertencimento a um conjunto mais amplo de pessoas – aqueles e aquelas que querem um outro mundo melhor para todos e todas e que acreditam que esse mundo é possível e, como enfatizado pelos presidentes latino-americanos, necessário – é uma força que cria, ou mantém, a chama libertária, sem a qual não há transformação social. O Fórum Social Mundial é, portanto, portador da energia necessária à transformação social. Da construção de uma nova cultura.
Os presidentes, que foram ao FSM falar, também ouviram. Não apenas daqueles e daquelas a quem foi dada a oportunidade de se manifestar no microfone. Mas a força daquelas milhares de pessoas transmitiam aos presidentes uma clara mensagem: estamos aqui com força e disposição para mudar o mundo, acreditamos que um outro mundo é possível, lutamos por ele porque é necessário.
Presidentes, sigam no rumo da construção de outro mundo, alternativo ao capitalismo. Nós estamos aqui para lutar por esse mundo.
Eduardo Tadeu Pereira
(Pra quem não conhece o Edu, ele é professor de História, mestre em Educação, e atualmente está Prefeito de Várzea Paulista/SP, em seu segundo mandato. É autor de Formar à Esquerda, publicado pela Edições Pulsar)
Um comentário:
Muito Bom mesmo o texto, é uma pena que a "imprensa de massa e contra a massa" se ausente da verdadeira função de informar.Hoje mesmo estavamos eu e mais um casal de amigos direcionando um programa de uma rádio popular que esta sendo transmitida durante o FSM aqui em Belém, tentando levar verdadeiras informações às pessoas do FSM e da localidade próximo.Com certeza, esperamos mais alternativas de verdadeiras informações como o texto presente.
Camila Nobre
Belém-PA.
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