terça-feira, 4 de setembro de 2012

Eu sei que vou


Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua
A cada não olhar
A cada despedida, eu vou chorar
Ao contemplar a lua, eu vou lembrar
As não esquinas
As idas e vindas
A minha sina

E cada volta tua
Não há de apagar
Nem remediar,
Anestesiar
Qualquer dor ou soluço
O controle do impulso
O não ficar

Eu sei que vou
Porque sempre fui
Porque sempre estou
Nos versos não escritos
Na pressa do infinito
Nas ondas de calor
Na não chuva
No não amor
No nunca fim
No sempre assim

Eu sempre sou
Porque essa espera
Já se misturou no sangue
É parte de mim

2 comentários:

Fernando Amaral disse...

Eternas desventuras... desesperadas. São as melhores. Que bom que a inspiração voltou. É a primavera chegando!!! E como és flor... (puta golaço de comentário, vai?!)

Alessandra disse...

Golaço de comentário sem dúvida! rs :-)