sexta-feira, 22 de março de 2013

Afazer


Atrasada para o trabalho, corre esbaforida, perde o celular no caminho, deixa a camisa nova toda suada. Chega, passa o dorso da mão na testa, respira buscando o mais de ar que pode alcançar. À sua volta, alguns riem da pressa - "essa não tem jeito!". Ela nem se importa, liga o computador e começa a fazer o que devia ter começado há... 15 minutos?

O dia não está ruim, só está apressado. Em meio a tanto o que fazer em tão pouco tempo, invade-lhe os pensamentos aquele cara de quem gostava... Saíram algumas vezes, ela se apaixonou, ele não. Doeram-lhe o coração e o estômago por várias semanas. "Nunca mais vou me apaixonar", prometeu outra vez. Não podia vê-lo, a dor voltava. A paixão também. E, quando via, lá estava ele em sua cama, partindo de novo.

Pensando nisso no meio de seu dia corrido, olhando o que ainda tinha por fazer, imaginando o fim de semana pelo qual mal podia esperar, ela pára. E então, ocorre-lhe a insolucionável questão: o que eu via nele???

***
Moral da história: a gente tem mais o que fazer, mas nem sempre percebe isso rápido.

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