Andava por aí distraída, sem se importar demais com nada. Os dias não se dividiam um do outro. Foi um oi singelo que lhe tirou do cárcere de si mesma. E desde então o mundo se floriu.
Que bobagem, se era só um simples oi... Mas o oi foi o que lhe fez olhar que havia mundo ao seu redor. Que nem se fosse um estalar de dedos que desperta alguém de uma mágica que faz ficar paralisado.
O oi estalou pra ela. Mas o oi não é sujeito, sujeito é quem disse oi. "Oi!", meigo assim.
O oi lhe tirou da inércia, e ela ficou flor. Andava por aí iluminada agora. Às vezes, ruborizada. Tudo parecia mais alegre.
- Que criatura boba, iluminada por um oi.
Num dia pesado, saiu de casa pra ver o oi virar sorriso. Só pra isso saiu. Sabia onde colher. Andou determinada agora e foi até lá. Viu o sorriso. Iluminou-se mais. Voltou pra casa feliz.
- Que criatura boba, sorriso se vê em todo lugar.
Que nada. Tem um monte de sorriso que não sorri. Um sorriso que se vê nos olhos não é todo dia não. E o sorriso não é sujeito, sujeito é quem sorri. Isso faz toda a diferença.
Desejava verdadeiramente poder para sempre extrair sensações boas de paz daquele sorriso.
- Mas ois e sorrisos não se realizam em si mesmos!
- Ora, e por que precisa dar utilidades pragmáticas pra tudo?
Recolheu os ois e sorrisos e sensações boas de paz e foi dormir. Acordou de bom humor.
5 comentários:
Dá vontade de ficar sorrindo depois de ler. Uma graça, uma epifania mesmo.
Que beleza de texto! Bahh, maravilhoso,
Tens muito talento guria. Parabéns.
Abraço
Superobrigada!
Oi rs... Apenas um oi e um sorriso, para alimentar a leveza do seu bom humor.
Oi!
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