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É justamente por isso que o feminismo levanta essa bandeira há tantos anos, em defesa da vida das mulheres. Muitas interrompem uma gravidez que não desejam através de métodos caseiros, como a inserção de uma agulha de crochê no útero, que pode levar à hemorragia e, consequentemente, à morte. Outras procuram clínicas clandestinas que efetuam o procedimento sem as devidas condições de higiene e segurança. Como atestam os dois casos mencionados, isso também pode levá-las à morte.
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De outro lado, as mulheres das classes mais abastadas têm acesso ao aborto seguro, pagando pequenas fortunas em clínicas que são tão clandestinas quanto as que mataram Jandira e Elizângela. E há pessoas que insistem em fechar os olhos para essa situação.
Quem é contra o aborto, que não o pratique. Mas não queira que sua forma de ver o mundo interfira na legislação e nas políticas públicas, porque o Estado é (ou deveria ser) LAICO. As mulheres, quando querem interromper uma gravidez, o fazem da forma que estiver ao seu alcance. Algumas morrem: as pobres.
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