quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Ao professor Nicola, do Colégio Agostiniano São José em 1991

Eu sempre gostei dos versos, sei lá por quê. Sempre gostei, desde pequena. Lembro que quando a forma de escrever era livre, na escola, nas aulas de redação, eu escrevia poesias. Não conhecia Drummond, Bandeira, Florbela. Mas achava legal me expressar assim.

Um dia, tinha um professor de História, que pediu pra gente escrever sobre os aposentados. Escrevi em versos. Lembro bem.

Lembro que ele leu meu poema pra turma toda e me fez prometer que eu nunca deixaria de escrever poesia, mesmo se, nas palavras dele, "um namorado não gostasse" do que eu faço.

Pois hoje, eu diria, pro meu professor Nicola, se tivesse oportunidade, que nunca ninguém me tirou e nem vai tirar, da poesia. Escrevi um livro. Tenho material pra mais. Tenho vontade pra mais. Tenho tempo e prioridade. Pra mais.

Na minha vida não cabe ninguém que não goste do que eu faço. Críticas ao que faço, recebo. Críticas ao tempo que dedico, não.

Fique tranquilo, meu profe. Não vou deixar de fazer o que tu me viu fazer há mais de 15 anos. E aquele incentivo, nunca esqueci. Queria que tu lesses isto, pra se orgulhar de mim hoje. Porque sou grata de tê-lo encontrado há esse tempão atrás.

Nenhum comentário: