terça-feira, 23 de outubro de 2012

Em branco


Que aflição me dá uma folha em branco.
São as histórias que não escrevi as que mais me doem.
Histórias prontas, que não se movem
Não saem pro mundo
Não têm lugar.

Irreais, fictícias, covardes.
As histórias que não se deixam escrever
Que perturbam o sono
Sem saírem do corpo
Sem se estenderem para fora.

Há muito, há muito a fazer
E a gente se preocupando
Com o que não fez.

Um comentário:

Fernando Amaral disse...

Uma cousa que deveria ter feito e não fiz: Comentar no teu blogue que este texto é supimpão.

Já fiz.

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