terça-feira, 4 de junho de 2013

Lado a Lado

Quando entrei,
Olhou-me desconfiada e vaidosa.
Arrogância, um pouco, até,
De quem se sabe tão bela
Que sofre da dor infinita
Da parte de si que não vê.

Eu Rio,
Ela sabe que não.
E seguimos,
Como uma da outra
O par e a contradição.
Ela sem me cortejar,
Eu sem lhe dar minha mão.

E havendo mais nada a esperar,
Que melhor amor existe
Que fazê-lo sem notar?

Consequência natural
De uma mútua atração
De querer sem precisar
De pisar o mesmo chão
Que a vida
Um dia
'Inda há de juntar...


***
Poema batizado pelo amigo Gustavo Cossi!

Nenhum comentário: