Bastou eu ouvir uma vez. Já tinha me apaixonado. A música era instrumental, de autoria de dois grandes músicos de Porto Alegre, Vinicius Ferrão e Iuri Barbosa, ambos integrantes da Tribo Brasil, que é uma banda maravilhosa do Rio Grande do Sul. Pedi-lhes permissão para escrever uma letra para aquela preciosidade, isso era outubro de 2013. Nove meses depois... nasceu.
Confira o resultado abaixo...
XOTE SEM FRONTEIRAS
Eu já andei de pé descalço
Eu já andei de caminhão
Eu já rolei um morro abaixo
Já fui do mar e do sertão
Pelo caminho eu conheci minha viola
Que me ensinou que pra falar precisa ouvir
Quanda ela canta, não precisa de palavras
Deixa a gente emocionada
A dar sorrisos por aí
Me embriaguei na melodia de uma flauta
Que balançava ao som de um acordeão
Formando a música que o corpo leva
E toda a alma fica leve
Que nem bola de sabão
Eu já andei na corda bamba
Pulei fogueira de São João
Ouvi chover versos de samba
Fiz do batuque o meu trovão
E se me chama pra dançar, eu vou
Aiai, eu vou
Aiai, eu vou
E como um passo que ninguém espera
A chuva traz a primavera
A florescer refrão de amor
E se me chama pra cantar, eu vou
Aiai, eu vou
Aiai, eu vou
E da semente que eu plantei no norte
No meu peito brota um xote
Sem fronteira em meu andor
Eu canto o dia e a madrugada
Fiz dos meus sonhos, plantação
Depois que eu vi que tenho asas,
Eu nunca mais pisei no chão
Pisei no chão, pisei no chão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário