quarta-feira, 2 de julho de 2014

O amor

Sentir amor é ótimo. Mas mais ótimo ainda é saber não aprisionar o amor num só lugar.

O amor não está guardado numa pessoa, aprisionado a um time de futebol, fechado dentro de uma banda, grudado numa carreira. O amor pode estar em tudo isso, e espalhado, ainda, por muitos outros espaços menores. Pode-se sentir amor por estar numa cidade, por seu sonho, por um hábito feliz - como o de praticar seu esporte predileto, escrever no seu diário, observar o pôr-do-sol num bom lugar.

Amor pela sua fé, amor pelas coisas racionais em que você acredita. Sentir amor é extrair prazer do objeto amado. Amor não pode ser perturbador, amor é para libertar você da mesmice, da tristeza, da falta de esperança. Sem amor, não se fazem grandes coisas.

O amor amplia seu mundo, para que você possa colocar amor no que faz, ver o amor se desdobrar pelas várias dimensões da sua vida. Somente com amor, é possível perceber que o pai é, no mínimo, o universo. E que a mãe é, no mínimo, a Terra.

(com amor para Maiakóvski, Caetano Veloso e Renato Braz)




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