Os porões da alma
Por onde escorrem
Gotas de obscuridade
O que foi e não devia ter sido
O futuro
que nunca se desdobrou do passado
e não é presente
Lembranças apavoradas
Com a ideia de
Que alguém as veja
Uma caverna de sentimentos refugiados
alguns torturados
outros suicidas
Em meio ao escuro,
Uma umidade provocativa,
Aterroriza sem querer,
mas abraça
sonhando
Como se pudesse
esvair cuidados
maus presságios
e os males autônomos
E alguma coisa se mexe!
À procura de luz...
Desastrada,
Deixa-se iluminar
Revela a terra nua,
Envergonhada
Fecha-se tímida
Queimam-se as pontes
Fica calada e fria
Protegida
Debaixo
do medo
do orgulho
do peito vazio
fingido.
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