Eu não deixo de torcer pro Brasil porque acho que futebol é o ópio do povo - seria incoerente, todo mundo sabe o quanto eu gosto e acompanho o Campeonato Brasileiro, a Champions League, e outros.
Eu não deixo de torcer pro Brasil porque a CBF é uma corja de filhos da puta - e é! -, até porque o pouco que conheço das confederações estrangeiras, a começar pela Fifa, nenhuma vale nada também.
Eu não gosto desse discursinho "ai, contra a Espanha, que dizimou os povos indígenas da América Latina"; "ai, contra Portugal, nosso colonizador"; "ai, contra a Alemanha de Ângela Merkel"... Vale enquanto piada, mas esperaria que as pessoas não fizessem essa confusão mental seriamente. Mas muito menos eu gosto do discursinho de rivalidade de boutique contra a Argentina e os argentinos, essa xenofobia tosca alimentada também pela mídia, essa mercantilização da rivalidade.
Eu não gosto da seleção brasileira porque ela não comove meu coração, não seduz minhas paixões futebolísticas... E gosto de torcer pra Holanda ganhar seu primeiro mundial, pro Messi vencer uma Copa do Mundo, pro Uruguai, pro Paraguai, pra quem eu quiser. Pra quem eu gostar mais na hora.
É futebol, gente, só isso. Não é vingança dos povos, não é prova de bom caráter. Não venham me catequizar. E nem venham justificar sua paixão com motivação política, vai.
Político foi o que aconteceu fora do Maracanã no último domingo. Essa é a disputa na qual a gente tem que ter lado.
#prontofalei
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