Do blog da revista Piauí. Hilário e imperdível.
OBERHAUSEN – Fritz Sbeltzlarger, empresário do polvo alemão que acertou todos os resultados da Alemanha nesta Copa do Mundo, revelou ontem que foi procurado há uma semana por Sérgio Guerra, presidente do PSDB. De acordo com Sbeltzlarger, o senador estava visivelmente transtornado e afirmou que “pagaria qualquer preço para que o molusco resolvesse uma questão espinhosa do seu partido”. Guerra confessou que já procurara uma cigana em Cochabamba, um guru indiano e um pajé do Alto Xingu, mas todos teriam reagido com uma gargalhada. O polvo era a última esperança, “até porque ele não ri”.
Antes que Sbeltzlarger se pronunciasse, Guerra sacou do colete diversas fotos e pediu uma “consultoria”. Sbeltzlarger não quis revelar o valor do negócio, mas fontes sugerem que a transação girou em torno de 150 mil dólares mais um cargo comissionado na gráfica do Senado para Frida Sbeltzlarger, sua tia-avó que mora em Blumenau. Já o polvo teria sido conquistado com a promessa de passar sete dias em Fernando de Noronha com tudo pago.
As fotos de todos os possíveis candidatos a vice de José Serra foram divididos em quatro grupos. Os cabeças-de-chave foram Aécio Neves, Álvaro Dias, Rodrigo Maia e o próprio Sérgio Guerra. A partir das previsões do polvo, os vencedores de cada grupo avançaram para a fase de mata-mata. Na final, o favorito Aécio Neves disputou a vaga com o azarão Indio da Costa. Testemunhas contam que, nesta hora, o polvo hesitou bastante. Chegou a fingir-se de morto, mas Sbeltzlarger deixou claro que se o animal não fizesse logo a escolha iria para a panela. Como o polvo insistisse em não se mexer, o empresário fritou ali mesmo um dos filhotes do bicho.
Quando o tentáculo do cefalópode finalmente tocou na pele morena do deputado carioca, Sérgio Guerra ficou arrepiado e teve uma epifania. Na mesma hora, tweetou que a questão estava resolvida.
Em Belo Horizonte, Aécio Neves concedeu a Medalha do Inconfidente para o polvo, e já está pensando em lançá-lo para deputado federal. "Desde que dona Risoleta morreu, ninguém fez tanto por mim", disse o ex-governador.
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