O sonho sempre me contou história nessa música.
Comecei, a certa altura, a dizer para as pessoas próximas que essa era a música da felicidade. O flamboyant vermelho, a mala azul, a réstia da luz amarela. A vida tem cores! Deitada na rede e, sob a fumaça de um cigarro deliciosamente saboreado, pensar que bom é recomeçar das cinzas. Recompor a paisagem. "Você sabe fazer" - me dizia minha professora de canto.
Essa linda música sempre esteve na minha mente. Às vezes ela se oculta. E volta.
Volta agora de novo. Com o lelelelelelele do Alceu. O destino, o trem que nos transporta. A música como um filme da vida, como uma produtora de imagens mentais, que remexe a alma, busca coisas, salta pra fora, e eu agradeço.
Ao Alceu pela música.
Ao universo, pela generosidade com que tem me tratado.
Que me permita produzir versos tão claros e projetar cada vez mais desejos em cada vez menos cigarros.
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