No princípio, era o buraco negro
Escuro
Sem fim
Sugando tudo para dentro de si
Para que tudo ali se perdesse
E não tivesse sentido nunca mais.
Entre as coisas engolidas pelo buraco,
Uma estrela viva,
Que, por ser pequena,
Passou despercebida
pelo caos.
Depois disso, era um buraco
Que engoliu uma estrela viva
Pequena
Que brilhava tímida
num cantinho.
E de tanto que aspirou,
Passou a ser um buraco cheio,
Não cabia mais nada,
O buraco com congestão,
O buraco prestes a explodir,
O buraco que já não sugava
E guardava uma estrela viva
Brilhando pequena
num cantinho.
Como vomitasse todo o excesso,
Agora era um buraco pequeno
Fraco,
Quase que a estrela viva
Já não cabia ali.
E quando a estrela caiu
Mais luminosa
(fortaleceu-se pela temporada no buraco),
Aquele se tornou um buraco vazio
Sem poder
Nem sentido.
E no fim,
Já não havia nada.
Só a sombra de um lugar pesado,
De onde uma pequena estrela
Fugiu para brilhar.
5 comentários:
Muito legal!!!!
Muito legal!!!!
Massa!!!
O buraco é escroto, mas a estrela tá com brilho tímido !!!
Adoro poesia elas falam a língua dos anjos. Ensinam-nós a refletir e sonhar.
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